MUITO MAIS DO QUE VEJO
MUITO MAIS DO QUE VEJO
Muito mais do que mil,
Foram os finais de ano,
Quando o ego surgiu,
Num mordaz oceano.
Muito mais do que bicho,
Lá me desmergulhei,
Vomitando em seu lixo,
Para que entendas a lei.
Muito mais que esguichos,
Frente a um sujo urinol,
Sem tolerar mais os vícios,
De seres sem escol.
Muito mais que fonemas,
Quando tudo é prolixo,
Quando bradam teoremas,
Por nem ter crucifixo.
Muito mais há de vir,
Para só atormentar,
Pois vão nos abduzir,
Ou então incinerar.
E com as cinzas cobrir,
Os caixões sem ter par,
Quando eu só descobrir,
Que seu medo é sonhar.
Muito além do que vejo,
Mas não vou te contar,
Se o futuro é um lampejo,
Então vou me calar!
🤫👀💭🤨
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 05/08/2020