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Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
Textos
BARBA E VEXAME

BARBA E VEXAME

Andei até de metrô,
Mas agora é um sonho,
Se o covid chegou,
Num açoite tamanho.

Nem mais sei quem sou,
Se a barba é de monge,
Pois a gralha entoou,
Um som que me esconde.

E esses dias nefastos,
Na clausura distante,
Não nos deixa abraçar,
Nem por breve instante.

Pois a dor quer matar,
Todos num rompante,
E sem pestanejar,
Vai ceifando adiante.

E o fenômeno que há,
Não aceita o vexame,
De ver rei gracejar,
Num desdém tão infame.

Pois não há imperador,
Pra reinar sem cavalos,
Pois na guerra o andor,
Já não tem mais vassalos.

Então fica o clamor,
De povo sem conforto,
Para que seu Senhor,
Saiba ser o seu porto.

✨🕳️✨
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 15/07/2020
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