O VÔO DO TEMPO
O VÔO DO TEMPO
Assim que nascemos,
Dispara o cronômetro,
E os ponteiros que vemos,
São nosso parâmetro.
O tempo não anda,
Nem nunca se arrasta,
Mas mostra quem manda,
Pois vôa sem asa.
E o tempo não temos,
Nem mesmo enxergamos,
Mas serve de lemos,
Nos rios em que vamos.
As roupas não quero,
Pois nunca as tive,
Pois o que venero,
É a minha estirpe.
Se agora eu existo,
Ou se existirei,
É porque houve início,
E é tudo o que sei.
E o amanhã que não tenho,
Haverá para quem deixo,
Pois eu fiz o desenho,
De um mapa pros seixos.
Pois o rio continua a sangrar,
Suas lágrimas de vida,
E me faz desejar só lembrar,
Ou esquecer da partida.
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Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 15/07/2020
Alterado em 15/07/2020