A CASCAVEL E O MAL NO AR
A CASCAVEL E O MAL EM MIM
Era uma manhã no alvorecer,
E uma cascavel enrodilhada,
Tinha suas crias a crescer,
Naquela loca ensolarada.
E por ter o sangue frio,
Ela busca seu conforto,
Seja no fim do mês de abril,
Ou no gelo de um agosto.
Mas certeza ela tem,
Que o melhor que vai achar,
Só o verão lhe traz o bem,
Se a vida mostra um manjar.
Onde os roedores logo vêm,
E os ovos de aves vão estar,
E todos são para seu bem,
Se as crias vão logo engordar.
E eu olho o equilíbrio agora,
Que a natureza vem me mostrar,
Onde tudo tem sua hora,
E tudo está em seu lugar.
Somente nós somos afronta,
Ao equilíbrio do que há,
Pois o homem sempre apronta,
Uma surpresa para esnobar.
Foi o que disse a um amigo,
Que defendeu armas usar,
E eu lhe disse que esse artigo,
Só traz tortura e faz matar.
Então a cascavel me olhou,
Com um semblante exemplar,
Mas ela não me abordou,
Pois viu em mim o mal no ar.
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Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 10/07/2020