AINDA SOU COMETA
AINDA SOU COMETA
Era apenas um recanto,
Na curva entre as galáxias,
De tantas estrelas num manto,
Que haviam sem contumácias.
Pois tudo é longe ou perto,
A depender de um ângulo,
No relativo do que é certo,
Sem o poder das falácias.
Nesse meio de todas partes,
Eu sou cometa e andarilho,
Apreciando todas artes,
E vou pensando um estribilho.
Se lá no vácuo sem voz,
Não vou ouvir impropérios,
Que aqui a Lei somos nós,
Mas não sabemos os mistérios.
Pois a sincronia está no ar,
Como algo tão verdadeiro,
Que faz minha rota durar,
Em tudo que é janeiro.
Onde Janus vai olhar,
Para o passado e o futuro,
E o presente organizar,
Sem ter meu ego imaturo.
E ainda assim sou cometa,
A iluminar o vão escuro,
Com minha cauda de gameta,
E meu olhar obscuro.
✨🌠💫
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 27/06/2020