SOLIDÃO A VAGAR
SOLIDÃO A VAGAR
Eu gotejo nas folhas,
Com pingos em riste,
Como se as bolhas,
Me fossem tão tristes.
Gotas que borbulham,
No calor que insiste,
E no entanto torturam,
Meu ser que resiste.
E o pão se encharca,
Aos poucos no prato,
Mas não é de leite,
Pois eu choro de fato.
Se a vida é tortura,
Sem infância ou deleite,
Onde fui tão escravo,
E nem tive um aceite.
E assim é a solidão,
Em que estive a vagar,
Mesmo na multidão,
Que foi só um penar.
🥺
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 22/06/2020