MINHA QUIETUDE NAS SOMBRAS
MINHA QUIETUDE NAS SOMBRAS
Já andei por muitas estradas, onde as noites me foram companheiras. E encontrei muitas estrelas, que luziam nos recantos da galáxia, só chegando bem mais tarde, mas no hoje em que estou.
Só então é que percebo o quão pequeno ainda sou, embora eu seja a parte do inteiro que faltou. E vou seguindo minha estrada, na sombra que ainda restou, pois os incêndios que me guardam, iluminam o que faltou.
Mas quero ainda as minhas sombras, para gozar a minha quietude, pois não há eco lá no vácuo, se o Universo é só mistério e ataúde.
Assim me calo onde estou, mais quieto do que lá nas sombras, pois onde o incêndio começou crepitam as chamas no ar que clama.
Somente assim verei quem sou, na chama ardente de minha sombra, que assombra o escuro e a varanda, a flamejar o que sobrou, daquele eu que vislumbrava mil horizontes nos sonhos teus, por me achar tão magnata, senão de ouro, pois meu tesouro não tem minérios, nem impropérios de um ateu, pois minha fé só acredita no Deus que é uno, pois sabe tudo e está no tudo, seja na luz e até no breu.
(;;;・_・)
Publicada no Facebook em 26/03/2020
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 16/06/2020
Alterado em 16/06/2020