ERRANTE E CAMALEÔNICO
ERRANTE E CAMALEÔNICO
Com minhas patas pequenas,
Rasgando o barro na encosta,
Encontrei meu ninho e lendas,
Nas perguntas de tantas respostas.
E o barro se molha no orvalho,
Do espirro das asas batendo,
Com a chuva que logo espalho,
Tremendo diante do vento.
Sendo errante na veia do tempo,
Onde sangro e escorro meu medo,
Na procura daquele convento,
Que se esconde no meu arremedo.
Se ainda procuro um nexo,
No meu mimetismo irônico,
Naquilo que é tão complexo,
E me faz ser camaleônico.
Pois se errei foi pela vida,
Perseguida e tão desejada,
Na duras lidas despidas,
Em recidivas não almejadas.
Onde as máscaras que pus,
Foram en busca dos porquês,
Que às vezes nos deixam nus,
Como o canto dos sofrês.
👺🗿🎃
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 16/06/2020
Alterado em 16/06/2020