PRISIONEIRO DO LUTO
PRISIONEIRO DO LUTO
Todos os dias são reinício,
E também são sepulcros do fim,
Pois nem tudo é puro osso,
Se meu estilo é o marfim.
Mas se cobram um ofício,
Me vejo um estrangeiro assim,
Prisioneiro do meu medo,
Que quase nunca tem fim.
E nessa minha jornada,
Vejo as pessoas nascer,
Enquanto outras perecem,
Temendo o alvorecer.
Vejo o Sol e a Lua,
Ir e vir na invernada,
Percorrendo os jardins,
Onde rompo as estradas.
Mesmo que lá eu só colha,
Flores para meu sepulcro,
Pois sou prisioneiro em luto,
Nos dias do meu fim.
🌀🥀🌀
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 05/06/2020