CLAUSURA E PANDEMIA
Clausura e Pandemia
Antes mesmo de nascer,
Já testamos a clausura,
Sem ter mesmo nada a ver,
Com a falta ou a fartura.
Pois a bolsa é um quarto,
Com a copa e a cozinha,
No preparo para o parto,
Que logo se avizinha.
Mas o tempo é tão rápido,
Mesmo se for algo lento,
Pois o tempo é um larápio,
Para quem está ao relento.
Eu costumo ficar bravo,
Mesmo quando sou tormento,
Mas padeço de um orvalho,
Como a rosa frente ao vento.
E os dias chegam rápido,
Se não sou de apostasia,
E as horas logo passam,
Se eu louvo o meu dia.
Então venço meus pecados,
Se eu entendo toda azia,
E a certeza dos percalços,
Que não davam alegria.
E eu me sinto sendo arauto,
Ou a luz das fantasias,
Que carrego e já é fato,
Dando vida às poesias.
Mas agora eu sou resguardo,
Ou a clausura com alegria,
E assim guardo um barato,
Para enfrentar toda agonia.
Olho o tempo como um fardo,
Que se impõe nesses meus dias,
E só serão os sobressaltos,
Frente a todas pandemias.
😱🤒🥶
Publicada no Facebook em 22/03/2020
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 02/06/2020