ADEGA E PÃES
Adega e Pães
Sou aquele parreiral,
Só colhido pelas mãos,
Onde sirvo para o amasso,
De seus pés em oração.
E depois viro um riacho,
E escorro na emoção,
Como suco macerado,
Ao hibernar no caldeirão.
Que é feito de madeira,
Se é tonel ou barricão,
Encharcado até a beira,
Aguardando a estação.
Pro descanso no escuro,
Da cláusula das adegas,
Onde eu fico bem às cegas,
A esperar degustação.
Em que junto tem o trigo,
Amassado para o pão,
Bem assado e fermentado,
Combinando a refeição.
Onde sou o pão e o vinho,
Carne, sangue e coração,
Sendo o corpo que me une,
Frente a Deus para o perdão.
Pois nós todos só teremos,
Seu amor e proteção,
Se soubermos ser colhidos,
Em louvor à criação.
🧀🍁🍇🍷🎂🥖🍞
Publicada no Facebook em 15/03/2020
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 30/05/2020
Alterado em 30/05/2020