DESCOMPASSO ISOLADO
DESCOMPASSO ISOLADO
Nunca achei que veria,
Tanto descompasso na vida,
Sangrando pela ferida,
Chorando sem ter alegria.
Não bastasse estar isolado,
Segregado como um mascarado,
Sem poder ter quem amo ao lado,
Igual leproso em agonia.
Assim vejo o meu violão,
Sem compasso e desafinado,
Nem podendo tocá-lo com a mão,
Se não tenho sabão no lavabo.
Pois encaro a tortura de agora,
Antevendo um futuro tão triste,
Se um doente é quem nos controla,
Como um louco com a faca em riste.
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Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 24/05/2020