PERSONA NON GRATA
PERSONA NON GRATA
Dediquei meus melhores dias,
Quando o corpo podia,
E não me faltava energia,
Enquanto queria voar.
Fui catapulta e o canhão,
Naquele cerco ao castelo,
Sem olhar para o inferno,
Daquele Duce alemão.
Nunca pensei navegar,
E vim então pelo ar,
Se vi as sereias ao luar,
E me encantei na canção.
Então fui grato aos Céus,
Que permitiu tudo ver,
Sair da guerra e escarcéu,
Revendo o amanhecer.
E vi as trevas no mar,
Num longo anoitecer,
Com os tiranos a matar,
Vendo o mundo perecer.
Então não quis tolerar,
Se militar faz morrer,
Pois são ingratos ao mar,
Que é quem fez o nascer.
E o povo já quer jejuar,
Se têm nojo do Poder,
Que ao nos escravizar,
O Sol não vai mais nascer.
E é tão ingrato fitar,
Toda persona non grata,
Se os ladrões também matam,
E se hoje há mal no Poder.
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Publicada no Facebook em 12/03/2020
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 23/05/2020
Alterado em 23/05/2020