VIVER OU MORRER NUMA ESQUINA
VIVER OU MORRER NUMA ESQUINA
De repente me vi em frente,
E era tudo convergente,
Tinha gado e tinha gente,
Logo em frente ao meu olhar.
E o Sol que me queimava,
Me franzia até o olhar,
Se as esquinas do viver,
Solapavam o meu sonhar.
Ante aquela encruzilhada,
Pelas ruas onde eu chego,
Sou a dor e o desapego,
Se o viver só é navalhada.
Quando achava que chegava,
Deparava com outra cruz,
Que já era outra jornada,
Findo o túnel ante a luz.
E as esquinas do viver,
Me seduzem igual riacho,
Pois a sede é um diacho,
Sem o gelo a derreter.
Só não sei se a natureza,
Vai deixar eu renascer,
Se a esquina foi meu paço,
(Onde hoje é um cadafalso)
Pois ali posso morrer.
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Publicada no Facebook em 10/03/2020
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 23/05/2020