MINHAS ESQUINAS
MINHAS ESQUINAS
Se hoje eu sou destro,
Ou já nem gosto de rotinas,
Perco meu lado modesto,
E me espalho nas esquinas.
Ando pelos manifestos,
Sem querer a sabatina,
Limitado no Universo,
De quem toma cloroquina.
Minha língua é recesso,
Pois só falo da minha sina,
Se é que asno tem acesso,
Ao saber da medicina.
Tenho a boca fechada,
Quando a farda me fascina,
Mas, expulso, eu me recalco,
Pois quero a volta por cima.
Toco fogo na esquerda,
Na Amazônia e na piscina,
Jogo óleo no oceano,
Mato o velho, piso em cima.
E vou por todas esquinas,
Espalhando mil doenças,
Tão nefasta é a fedentina,
Que provoca desavenças.
Até quando ando solto?
Só Deus sabe quem aguenta,
Pois o mundo está louco,
Perante tanta tormenta.
🙄😷🤔
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 21/05/2020