MESA SEM DELONGAS
MESA SEM DELONGAS
De volta à mesa,
Após seis mil anos,
Eu tenho a certeza,
De ser só humano.
Pois tudo que como,
Me mostra o que faço,
Até no meu sono,
Se sujo o espaço.
Não tenho respeito,
Sou devassidão,
Levo tudo no peito,
E exijo afeição.
Passo todo meu tempo,
Clamando em vão,
Querendo vassalos,
Me achando um vulcão.
Que não pede licença,
E destrói sem perdão,
Sem saber da cobrança,
Vindo na contramão.
Se o vulcão mostra à alma,
Todo o mal da ilusão,
Quando se escorre na vala,
Que nos aguarda o lixão.
A consciência é nula,
Pra quem não tem gratidão,
Nem ajuda e só macula,
E se esquece do irmão.
Mas a távola está posta,
Tudo num só bandejão,
Onde Deus quer resposta,
Com a franqueza de então.
Sem o engodo de uma aposta,
Na verdade com pé no chão,
Sem mentiras pelas costas,
Mas só amor no coração.
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Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 18/05/2020