BONECOS DE PALHA
BONECOS DE PALHA
Nas fazendas que floram o milho,
Tem gralhas e gafanhotos,
E há bonecos tão maltrapilhos,
Usando a palha dos outros.
Pois a palha vêm do agave,
Que no Nordeste é o sisal,
Mas servem como um alarme,
De que vão comer o milharal.
E os outros bichos selvagens,
Que se arrastam também,
Nunca confiam no homem,
Pois se limitam ao que tem.
Enquanto a humanidade,
Com seus bonecos de palha,
Esquecem que são as migalhas,
Que geram a pluralidade.
Que é a única verdade,
A garantir toda a vida,
Com mel e sal na medida,
Sem ter nacionalidade.
Pois todo soro caseiro,
É que nos faz se lembrar,
Que dependo do que semeio,
Se um espantalho está lá.
Mostrando que somos primeiros,
Entre os bichos a pensar,
E ver que os nossos janeiros,
Nos fazem responsáveis do lar.
🌽🌽🌽
Publicada no Facebook em 01/03/2020
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 17/05/2020