MINHAS VELAS
MINHAS VELAS
Nas vidas que tive,
Por todos milênios,
Tive minhas velas,
Em todos incêndios.
Enquanto minh'alma,
Singrava ao vento,
Que tanto soprava,
A vela que ostento.
Se o meu navio,
É barco sedento,
De querer nadar,
De cara pro vento.
Olhando as praias,
No mar adentro,
Até as arraias,
São meu juramento.
De que as batalhas,
Que trago no tempo,
Me traz as mortalhas,
E todo lamento.
De alguém que no hoje,
Tem um pensamento,
De que a vida é eterna,
Se sou Cálix Bento.
Em que sorvem o vinho,
Dos meus passamentos,
Enquanto provam do pão,
Que sou eu sem fermento.
Só assim eu navego,
Com minhas velas ao vento,
E assim eu sossego,
Com meu mar sem tormento.
💨🌬️⛵🍷🍞
Publicada no Facebook em 25/02/2020
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 16/05/2020
Alterado em 16/05/2020