JÁ IR EMBORA
JÁ IR EMBORA
De repente me vi pelo campo,
Andando entre leiras e na plantação,
Mas usavam veneno num tanto,
Que tive um ataque do coração.
E tive de já ir embora,
Pois chegou a hora de relembrar,
Que a liberdade é lá fora,
Se trago de dentro a vontade de amar.
E aquele fermento da ira maldita,
Que rega o povo em seu coração,
Maltrata a quem acredita,
Que ainda há amor e o perdão.
E devemos zelar pelo povo,
Pois ele depende de cada irmão,
Se nada é mais assombroso,
Do que ser traído e nem ter um tostão.
Quando o povo está pobre ou faminto,
E desempregado à procura de pão,
Sem teto ou até um ordenado,
Pois tolo enganado não vale um quinhão.
E vou percorrendo as leiras ou ruas,
Do campo à cidade buscando união,
Revendo as barbaridades tão nuas,
Que já chega de um Messias pagão.
E é hora de já ir embora,
Pois quem não nos serve,
Não traz mais solução.
Pois todo o Brasil de agora,
Só sofre, carece e padece,
Lhes restando apenas o pires na mão.
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Publicada no Facebook em 24/02/2020
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 16/05/2020