MAS SE VOCÊ
MAS SE VOCÊ
Se você me vê chorar,
Saiba que sinto ainda perigo,
Pois a viagem é no luar,
Onde os vampiros têm o seu abrigo.
Mas se você me ver clamar,
Saiba que grito querendo abrigo,
Pois a tormenta não quer parar,
E estou crivado correndo perigo.
Eram mil balas a transpassar,
A multidão que plantava o trigo,
Para colher o que cear,
Com aquele pão que é nosso amigo.
Mas se você for me macerar,
Logo vai ver minha cepa bendita,
E o meu vinho irá querer tomar,
Sendo o sangue da minha desdita.
Mas se você for me calar,
Mate-me mais do que numa briga,
Senão poderei até ressuscitar,
Pelo que fiz e propus pela vida.
🤐
Publicada no Facebook em 24/02/2020
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 15/05/2020