A BORRACHA E A VOZ
A BORRACHA E A VOZ
Quando a língua destravou,
Bem mais cedo nas estradas,
E meu mundo enfrentou,
Toda farda e suas armas.
Não vi cercas ao que falo,
Pois a vida tem caminhos,
Que são mais que labirintos,
Pois não minto e não me calo.
E as minhas palavras são,
Como flechas apontadas,
Que não podem ser paradas,
Se estou a contestar.
Tudo aquilo que conflita,
Com um mundo que precisa,
Questionar a vida maldita,
Que só faz escravizar.
E o embate que se segue,
Entre a borracha e a voz,
É quando uma me persegue,
E a outra é porta-voz.
Das verdades que merecem,
Serem ditas até na foz,
Pois os rios só se calam,
Se matarem a todos nós.
🗣️🖍️
Publicada no Facebook em 24/02/2020
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 15/05/2020