COLINAS DE UM LOBO
COLINAS DE UM LOBO
Era uma morada tão modesta,
Sob nuvens tão sombrias,
Mesmo assim tinha harpias,
Que se lançam sobre as presas,
E as pegam com a destreza,
De um meteoro que caia.
E o céu já se rompia,
Na queda daquele bólido,
Num repente estrambólico,
Queimando o que ele via.
Mas no fundo do segredo,
Que pensei ser diamante,
Ou seria um turbante,
No ardor de um deserto,
Ou calor do deus Hefesto,
Num vulcão tão retumbante.
E agora, sou Vulcano,
E misturo por engano,
Tudo que vou fabricando,
Se vislumbro em minha mente.
Pois agora sou serpente,
Esgueirando sobre as rochas,
Nos caminhos sem as portas,
Que sublimam o que penso,
Pois não quero um quiabento,
Pra ferir as minhas costas.
E a família de um lobo,
Refestela-se com cobras,
E não deixa nem as sobras,
Pras harpias vir jantar.
Mas eu tenho que andar,
Pois o andar onde eu moro,
Está sobre o capitólio,
Para Júpiter vir morar.
Pois em Roma há um lugar,
E a história já nos conta,
Pois a loba nos deu conta,
Das colinas ao luar,
Onde os Alpes iluminam,
E Vênus tem seu lugar.
🌠🌋🐺🏔️🌙
Publicada no Facebook em 22/02/2020
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 11/05/2020
Alterado em 11/05/2020