TEMENDO MEUS SEMELHANTES
TEMENDO MEUS SEMELHANTES
Já não durmo tranquilo,
Se só escuto blasfêmias,
E percebo o perigo,
Que vem lá das entranhas.
Ou seria dos porões,
Que não mais se escondem,
Pois vem lá dos salões,
Relembrando meu ontem.
Pois cresci nos clarões,
Das bombas do Rio Centro,
Quando aqueles canhões,
Eram como um epicentro.
Nos tremores do ódio,
Dos algozes da pátria,
Travestidos de ordem,
Sem progresso, nem praia,
Que nos mostrem o Sol,
Nascer Pai no Atlântico,
Pois a luz é um paiol,
Explodindo meu pânico.
E assim vivo entrementes,
Temendo meus semelhantes,
Se os ministros das trevas,
Já me rangem os dentes.
😟😢🤕🤫🤐
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 10/05/2020
Alterado em 10/05/2020