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Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
Textos
MEU OLHAR SEM A COR

MEU OLHAR SEM A COR
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Os tempos de agora,
Sem ter melanina,
Parece uma menina,
Que a boneca largou.

Não tem mais coragem,
De olhar pro passeio,
Que cercava os jardins,
Que na praça viçou.

Eram flores abertas,
Até no mês de abril,
Quando a primavera,
Finalmente surgiu.

Mas diante da festa,
Funesta de um fuzil,
Transformou-se a sesta,
Num terrível ardil.

Parecendo uma nuvem,
Que a morte previu,
Como uma bomba atômica,
Sacudindo o Brasil.

E se foram os índios,
E todo povo varonil,
Deixando a esperança,
Matar quem nem ainda surgiu.

Então perco o andor,
Se até o santo fugiu,
E meu olhar sem a cor,
É morte qual Chernobyl.

°°°=°°°

Publicada no Facebook em 04/02/2020
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 27/04/2020
Alterado em 27/04/2020
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