SEIXOS DE RAUL SEIXAS
SEIXOS DE RAUL SEIXAS
Havia um rio no meu andar,
Se corre água, vou mergulhar,
Era um dilúvio pra navegar,
Pois lá eu tinha meu frigobar.
Nem sei se era pra namorar,
Aquele rio que foi pro mar,
Levando até o meu jantar,
Que tive ontem em Gibraltar
Mas as colunas estão por lá,
Desde que Hércules foi passear,
Na minha África, em Zanzibar,
Ouvindo Mercury para pescar.
Pois tinham seixos ali no mar,
Onde meu rio foi navegar,
Descendo a encosta a procurar,
Meu velho Seixas, que já não há.
E agora, meus seixos,
O que é que há?
Se o velho Rock em Roll está,
Se debatendo com um muar,
Se coices tenho pra batizar.
E os réus confessos vou perturbar,
Com minha alegria de ver o mar,
Pois minha poesia vai respirar,
No meu Raul, pra me esbaldar,
Vendo Ministro de chafurdar.
Publicada no Facebook em 24/01/2020
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 26/04/2020