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Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
Textos
PARÊNTESES DO SOL

PARÊNTESES DO SOL

Guarda-chuva rasgado,
Que estava escondido,
Igual a um bandido,
Só serve guardado.

Pois para usá-lo,
Preciso que o Sol,
Não me seja um paiol,
Com um rojão acordado.

E no frio de um calor,
Que deixou abafado,
Parecendo um tenor,
De um cantar lacerado.

O verão traz a cor,
De arco-íris molhado,
Me lembrando o amor,
Que me faz deslumbrado.

Nesses dias carentes,
O café está coado,
Num parenteses do Sol,
Até o leite é coalhado.

E a carne-do-sol,
Eu preparo pro sábado,
Pois escorro o sal,
Pro sabor ser louvado.

No parênteses do Sol,
Que me diz: Sou amado!
Aproveito o melhor,
Do amor ao meu lado.

Pra provar do sabor,
De um Nordeste arretado,
Tenho um bode-do-sol,
Macaxeira e xaxado.


Publicada no Facebook em 23/01/2020
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 24/04/2020
Alterado em 24/04/2020
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