EU REGISTRO O MEU ONTEM
EU REGISTRO O MEU ONTEM
Quantos ciclos solares vivi,
Nos planetas em que gravitei,
Se no centro da bola eu te vi,
Ao meu lado quando levitei.
Eram tão gasosos os eventos,
Quando eu respirei nos vulcões,
Soprando nervosos aos ventos,
Tudo que me traziam emoções.
Pelas bordas de uma espiral,
Constelando na mesma galáxia,
Minha hélice é igual carnaval,
Com meu corpo sendo minha pátria.
E o tempo parece igual,
Pois reporto os mesmos eventos,
Muito embora o meu ser animal,
Não entende o agora nos tempos.
Já que Platão vaticinava o imoral,
Que urgia naquele momento,
Muito antes de um César general,
Morrer no Senado coroando um rebento.
E eu registro o meu ontem,
Pois eu fui e vi todos momentos,
Por milhares de ano de um totem,
Esculpido por um druida com os ventos.
Publicada no Facebook em 20/01/2020
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 23/04/2020