MEU OLHAR NO MEU TEMPO
MEU OLHAR NO MEU TEMPO
Eu fico estático quando vejo,
O brilho da cor dos meus dias,
Que me servem até como guias,
Nos meandros de um vilarejo.
É onde domino meu espaço,
Até onde eu me acho,
Sendo igual ao pequeno riacho,
Que corre igual a bicho no laço.
Mas um cometa passou perto,
Transformando a noite num dia,
Perante um mar que era aberto,
Mas agora é apenas baía.
Onde os barcos ancoram serenos,
Sem ao menos descer suas âncoras,
Pois a noite de cometas pequenos,
Nos deixa olhar um mar sem as ondas.
Nesse olhar que agora é só meu,
Acredito que meu tempo é dado,
Me deixando até mesmo suado,
Pois o tempo também era seu.
E num tempo de filhos caldeus,
Me deparo com véus e turbantes,
Onde o tempo não é mais como antes,
E meu olhar no meu tempo é diverso do seu.
Publicada no Facebook em 18/01/2020
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 23/04/2020