SOMBRA E SEIVA OU PASTO E FEL
SOMBRA E SEIVA OU PASTO E FEL
Desde que busquei troféus,
Na vida que desejei,
Muitos caminhos andei,
Pra entender o meu papel.
Vi que a sombra eu precisei,
Sem ela é tenso o caminhar,
Que nem cerveja sem um bar,
Vi que da vida nada sei.
Se não preservou o que plantei,
Nem sombra ou seiva eu vou ter,
Da copaíba que hei de ver,
Numa serraria, pois a derrubei.
Pois é permitir o pasto entrar,
Na Amazônia ou em qualquer lugar,
Deixando o fel para eu beber,
Pois seiva ou suco, só se eu plantar.
E meu futuro nem vou ter,
Já que os verbos não sei conjugar,
Pois vejo homens a vociferar,
Pensando em ter antes do ser.
Então, sem natureza ou educação,
Cultura e sonhos de libertação,
Pesquisas e mestres nem terei na mão,
Mas um futuro de dor e provação.
Publicada no Facebook em 16/01/2020
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 22/04/2020