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SE NÃO VOU SER, COMO VOU ESTAR?
SE NÃO VOU SER, COMO VOU ESTAR?
O conjugar de certos verbos,
Que preciso pra viver,
São cruéis com o meu Ser,
Pois me exigem ali estar.
E eu que fui um bom inglês,
Saxônico e tão burguês,
Hoje sinto que a vez,
É tão caipira, é português.
Pois a língua dá meu tom,
Que vou letrar para o freguês,
Que hoje pode ser um francês,
Pois no Irã não tem baton.
E Suleimani não é bombom,
Que americano chupa e pronto está,
Se não vou ser, como vou estar?
Quando o petróleo é que dá o tom.
E bombardeios já são demais,
Pra ser viril ou algo mais,
Pois só assim serei maior,
Quando até César ou o Czar jaz.
Mas só em Hamlet é que fui ver,
O que meu Shakespeare foi dizer,
Se será meu o Ser ou não Ser,
Ou meu Estar vai mesmo Estar.
Publicada no Facebook em 13/01/2020
SE NÃO VOU SER, COMO VOU ESTAR?
O conjugar de certos verbos,
Que preciso pra viver,
São cruéis com o meu Ser,
Pois me exigem ali estar.
E eu que fui um bom inglês,
Saxônico e tão burguês,
Hoje sinto que a vez,
É tão caipira, é português.
Pois a língua dá meu tom,
Que vou letrar para o freguês,
Que hoje pode ser um francês,
Pois no Irã não tem baton.
E Suleimani não é bombom,
Que americano chupa e pronto está,
Se não vou ser, como vou estar?
Quando o petróleo é que dá o tom.
E bombardeios já são demais,
Pra ser viril ou algo mais,
Pois só assim serei maior,
Quando até César ou o Czar jaz.
Mas só em Hamlet é que fui ver,
O que meu Shakespeare foi dizer,
Se será meu o Ser ou não Ser,
Ou meu Estar vai mesmo Estar.
Publicada no Facebook em 13/01/2020
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 20/04/2020
Alterado em 20/04/2020
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