RIMANDO COM O PÉ
RIMANDO COM O PÉ
Esquentam os dias e não o café,
Fervem os juízos e eu à pé,
Queimam a panela da Mãe Zezé,
O que será de mim, meu bom José?
Estou nos tempos de arrasta pé,
Onde o nada só vê quem quer,
Como as traças sem ter colher,
Pareço uma garça, seca e em pé.
Mas tudo ou nada sabe o que é,
No Universo de um Tabaré,
Pois em São Paulo há Tatuapé,
Que traz o vírus no seu chulé.
Mas um Almirante Tamandaré,
Aporta aqui ou na Guiné,
Que eu macero com o meu pé,
Para meu banho e da mulher.
E quero tudo com muito Axé,
Pois já me prostro pro cafuné,
Pois a clausura estando à pé,
É minha tortura em Jequié.
Que sofre igual ao sarapaté,
Que o catitu serviu na Sé,
Pois foi sangrado em Caetité,
Junto ao urânio que mata Zé.
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