VITÓRIA MENINA, MADRASTA NÃO É
VITÓRIA MENINA, MADRASTA NÃO É
Quando as luzes do estádio,
Tive eu mesmo que acender,
Eram noites adentro,
Que nem eu podia ver.
Pra Vitória, ó menina!
Então pude perceber,
que pra andar pela esquina,
Não me basta só viver.
E ela vir à porta, vendo o Sol nascer,
Foi-se a escuridão para eu merecer.
Se tu és Vitória menina,
Sendo o meu alvorecer!
E nos encantos da vida,
Quem quer só ser mulher,
Vê meretriz na menina,
Mas madrasta ela não é!
Mas poderei ser feliz,
Isso é o povo que diz,
Pois minha vitória é raiz,
É menina, é mulher!
Encanto de boto é mina,
Em que tudo logo germina,
Se quero ouro, ó menina,
Semente é você quem me dá!
Se carrego um alforje comigo,
Em que sou o amigo que há,
Com olor e estigma no umbigo,
Vitória é uma flor do maracujá!
Mas poderei ser feliz,
Isso é o povo que diz,
Pois minha vitória é raiz,
É menina, é mulher!
Ela é aquela que vence,
Victória é mais que mulher,
Bem mais que proclamas forenses,
Ganhando pelejas quaisquer.
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Publicado originalmente no Facebook em 11/01/2020.
Contém alterações em relação à foto.
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 18/04/2020
Alterado em 18/04/2020