UM CICLO CIGANO
Quando o céu escurece,
repleto de nuvens,
e tão cheia de mágoas,
isso é toda a água que agora desce.
E ela lava o lôdo das almas.
que sujaram o ciclo que finda,
de um nada escrito ou feito,
ultrajado por quem só quer a berlinda.
Mas o tempo sem o vento,
só tem um rumo incerto,
pelas curvas ou encruzado,
se isso for mesmo certo.
Sendo marcas que mostram,
que não se pode manter,
o que se esconde do mundo,
só pensando no ter.
Mas só se vence juntando,
o que o povo só quer,
pois se não lembram de quem sofre,
o sofrimento vão ter.
E quem só pensa com usura,
se engana por nem saber,
que o cofre de quem só engana,
um dia vai então derreter.
Pois logo vem novo ciclo,
se sou um cigano a cavalo,
e o poder se vai num estalo,
pelos dedos do povo sofrido.
E o cigano vai ter de mudar,
pra deixar o povo reviver,
pois senão deixará seu lugar,
se seu clã quiser sobreviver.
Publicada no Facebook em 30/12/2019
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 17/04/2020