SANGRANDO MEU AR
SANGRANDO MEU AR
Recordando a morte também,
Fui andando na estrada real,
Num caminho que foi imoral,
Sendo os quintos do ouro, um refém.
Foram mil reuniões a clamar,
A urdir pra calar o poder,
E as moedas de ouro estão lá,
Mas não servem pro povo prover.
A liberdade é tardia pra amar,
Se ela vem num caixão me levar,
Seja naquela noite ou de dia,
O que fiz, foi por amor ao lugar.
Minha terra brasilis de outrora,
Continua a sangrar para o mundo,
Que nos quer como um vagabundo,
Seja pra serventia ou penhora.
E eu continuo sangrando meu ar,
Despostado que fui pro olhar,
E todos lá me viram expiar,
Se pretendi algum rei destronar.
Somente sei vir aqui reclamar,
Do sofrer que teimam nos impor,
Não nos dando o devido valor,
De um povo tão varonil.
E se estou já no mês de abril,
Lembro as calmarias a justificar,
O domínio do nosso além mar,
No Pindorama que é o nosso Brasil.
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Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 16/04/2020