DESAMPARO NAS QUEDAS
DESAMPARO NAS QUEDAS
Houve alguns dias,
naquela breve juventude,
em que qualquer atitude,
não deixava-nos sequela.
Mas um dia me deparo,
vendo que acordei no claro,
após uma noite tão escura,
com o que me foi tão caro,
se cada segundo pode ser tudo,
num mistério que é eterno.
E nessa vida eu nada entendo,
pois eu vivo de remendos,
com minha colcha de retalhos,
para ver a longa idade,
ser um nada ou caldo ralo,
ante a imortalidade do Universo,
que entre o verso e o reverso,
se transborda em dimensões,
me deixando em desamparo,
ante as quedas sem resguardo,
e as tolas ilusões.
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 16/04/2020