MINHA TROMBA ENTRE MARFINS
MINHA TROMBA ENTRE MARFINS
Certamente quem me vê chegar,
Sempre pensa no tamanho,
Da minha tromba como incômodo,
Pois está sempre a xeretar.
Escarafunchando o que nem posso,
Pois o troço é tão confuso,
Sendo melhor ser parafuso,
Do que um poço a minar.
Pois estar ali incomodando,
Vendo a sede me espreitar,
Entre marfins que são do trono,
Nem mesmo sempre irei estar.
Por isso é que vou me mandando,
Antes que eu perca a minha tromba,
E os marfins nem mais respondam,
Ao meu mamute ancestral.
Já que agora existem donos,
Para os marfins que me tiraram,
E estou como um ser lendário,
Por resistir somente em sonhos.
º•–♦♦♦–•º
Publicada no Facebook em 22/12/2019
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 15/04/2020