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MINHA FRONTE É VERMELHA
MINHA FRONTE É VERMELHA
Quando os olhos percebem além da tortura,
É que sinto o cheiro de sangue no ar,
Parecendo uma luneta na noite escura,
Que eu vejo de dia pois vou acordar.
E minha fronte é vermelha,
Por não ter um girassol,
Pois o rio só sangra,
Com seus veios ao Sol.
Mas minha concha é cadeia,
Pois eu sou um paiol,
Que explode e incendeia,
Por eu ser caracol.
E meu corpo está em sangue,
Que pulsa em claves de Sol,
Me esvaindo no mangue,
Pois já não sou um escol.
De uma escola sem livros,
Pois sou apenas moral,
Pois já não tenho papiros,
E minha tinta é coral.
E minha fronte é vermelha,
Incendiada por Deus,
Mais rubra que a madrugada,
Sangrando todos sonhos meus.
•♦♦♦♦♦0♦♦♦♦♦•
Publicada no Facebook em 03/12/2019
MINHA FRONTE É VERMELHA
Quando os olhos percebem além da tortura,
É que sinto o cheiro de sangue no ar,
Parecendo uma luneta na noite escura,
Que eu vejo de dia pois vou acordar.
E minha fronte é vermelha,
Por não ter um girassol,
Pois o rio só sangra,
Com seus veios ao Sol.
Mas minha concha é cadeia,
Pois eu sou um paiol,
Que explode e incendeia,
Por eu ser caracol.
E meu corpo está em sangue,
Que pulsa em claves de Sol,
Me esvaindo no mangue,
Pois já não sou um escol.
De uma escola sem livros,
Pois sou apenas moral,
Pois já não tenho papiros,
E minha tinta é coral.
E minha fronte é vermelha,
Incendiada por Deus,
Mais rubra que a madrugada,
Sangrando todos sonhos meus.
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Publicada no Facebook em 03/12/2019
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 13/04/2020
Alterado em 13/04/2020
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