"NÃO SER EGOÍSTA É USAR TODAS AS FERRAMENTAS PRA PLANTAR E PRA COLHER."
"NÃO SER EGOÍSTA É USAR TODAS AS FERRAMENTAS PRA PLANTAR E PRA COLHER."
Meu acordar em um berço mítico, nos exemplos pregressos de quem sempre transmitiu, fez de mim um inquieto grilo a saltitar, que nem um sigilo se impôs no buscar conhecer.
Saltando constantemente de folha em folha, de livro em livro, atravessando como se quisesse sorver a tudo como uma traça, percorrendo as enciclopédias da vida, me fiz um historiador, um arqueólogo e um antropólogo de mil tempos, pois são tantos os momentos que vivenciamos sem nem mesmo os termos vivido, mas sim aprendidos, por sempre buscamos a arte do conhecer, sugando a seiva das vivências e de toda energia que campeia nas idéias da humanidade, na sua caminhada em busca da luz de fim de túnel, que sempre se estende, num crescente eterno, pois o futuro sempre é mistério que se mostra em cada passado e presente alcançados, que nos fazem curiosos e esperançosos para viver.
Ledo engano é trilharmos o caminho simplório dos instintos básicos, quando rompemos desde muito antes esse camelo, pois nem mesmo o cabelo cresce igual em todas as cabeças, já que até um girassol não se volta para um mesmo lado o tempo inteiro, por não ser o Sol um astro de quietude e estática.
O seriar, não só do nascer, mas no possível e necessário crescente cognitivo do lançar as raízes sobre a terra, nos impõe um perscrutar do solo que perfuramos em busca de água e nutrientes, como se fôssemos um rio a serpentear sobre os meandros do solo irregular, buscando a regularidade necessária ao fluir e ao definir nossos leitos e rotas em busca do oceano, que sempre estará bem abaixo de nós, pois se não estivesse, o seria um "Mar Morto", pois o sal lhe restringiria o oxigênio necessário ao respirar e transpirar que dá vida e longevidade, e lhe torna útil.
E os oceanos são assim: desprovidos de egoísmo. E o são por não terem extensão que parquimente seus tamanhos, pois seus entrelaces são abraços no planeta, que os tem como uma roupa que protege e hidrata, evitando que os seus poros e fissuras lhe exponham o coração, pois sem água racharia tudo em que a solidez se depara com a fornalha nuclear que só traz a palidez, de quem vai morrer banguelo, pois nem dentes nascerão, pois saber o que é certo nos exige divagarmos entre erros e acertos, mas seguindo sempre em frente, num crescente do buscar se conhecer, pois as sinfonias não se bastam pelo dó-ré-mi-fá, com o si e o lá, mas precisam ter o Sol, como clave pra brilhar.
É assim que um poeta, que professa o saber entre rimas e ditados, em que cabem até parábolas e profecias, se esvai pelas bacias dos seus rios de poesias, os quais, já cheios pelos cântaros e riachos, aguadas e cachoeiras de vivências pra saber, vão ao encontro dos porquês nos atormentam os loucos sonhos, nos fazendo dependentes de quem antes traduziu os pergaminhos do tempo, na medida do contento que só Deus nos permitiu, pois o Criador de tudo é um eterno criador, não se contentando nunca com a ideia de que sua obra terminou, pois a semente do livre arbítrio foi o que ele mais plantou, mesmo num Jardim do Éden ou outro modo qualquer, de enxergarmos o paraíso, que é um dos muitos emblemas de que algo começou.
Quando vimos, desde o nosso start, que os nossos cadernos são abertos para que possamos escrever os nossos livros, vamos paginando a nossa vida, com uma pré história que nos contam, em que estaremos registrando marcas inéditas neste totem magistral, onde estão todas nossas vidas, em que teremos professores ou tutores a nos dar nortes e cabedal, para aprendermos a usar todas as ferramentas pra plantar e pra colher, mas somente as que nos garantam a paz e o amor para viver, pois o ódio e ambição, ou outros erros capitais, só nos tornam egoístas, e não constroem soluções, e desmoronam o nosso lar, onde habitam nossas almas em treinamento para o viver na eternidade.
Publicado no Facebook em 16/10/2019