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Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
Textos
É A FÉ QUE LEVA NOSSOS SONHOS ADIANTE

É A FÉ QUE LEVA NOSSOS SONHOS ADIANTE

Quando o ser humano saiu das cavernas, buscando as savanas, não foi tão à toa, pois veio lastreada pelo domínio do fogo, com instrumentos pra caça e pesca também.

Mas nem tudo foi festa, pois ainda tem mortes, que não são como as sortes, e sim como uma sina.

Só me fica a impressão de que todo mundo sempre busca o porquê e a razão de findarmos sem trégua. E eu penso no que nos aguarda o amanhã, se precisamos acordar sem esquecer os ensaios que tivemos bem antes, seja na nossa infância, ou na vivência da lida, sendo feras feridas e marcadas pelos espinhos e tropeços que nos ensinam, muito mais do que representam as dores que castigam e nos faz cautelosos.

Mas aí entra o mistério que se guarda nas sombras eternas do Cosmo, onde a luz é mais efêmera do que nos mostram os dias sob o Sol, mesmo que as tempestades escureçam todo o céu, onde todas as partículas, de indústrias ou queimadas, vindo das lareiras ou descargas, que nossos carros e foguetes tanto cospem em mil soluços, nos impedindo de sonharmos com as cores que os fótons projetam e nos brindam com as flores que adornam os buquês.

Aí vem a Fé, que mistura o prelúdio com o que poderemos ter, num sofisma que precisa ser bem mais do um sonho, pois o futuro é medonho se não tivermos a esperança, já que nem sempre acordaremos, se o convite for aceito, enquanto descansamos sobre um leito, em que buscamos inspiração.

E a fé que leva os nossos sonhos adiante, funcionará como um levante social após o escravo enxergar-se solapado do direito de viver, já que a vida livre é inerente ao ser humano, que não sabe ser cipó ou trepadeira parasita, pois prefere ser visita com horário pra sair, pois precisamos nos sentir andarilhos das estradas, como o dia é a jornada que nos leva o Sol do leste, peregrino pra o oeste, mas lambendo o norte e o sul.

E nos rios que vicejam, ou no mar que cercam as terras, que se mostram em montanhas, ou planícies como colo, é que sou um Marco Polo à procura do saber.

Pois eu vejo o que nos aguarda, de acordo aonde eu broto, em que estou num carro que piloto numa estrada sem destino, pois eu sou como um menino que se maravilha com os sinos das igrejas, que só badalam como anúncio de que há mais uma missa pro louvor ao que venero, pois espero vir do etéreo um veredicto que combine o meu querer com os propósitos inefáveis do Universo, os quais canto em prosa e verso para um dileto adormecer, no entardecer de toda jornada que precisa se findar, dando vez ao que vier, pois a vida continuará, seja aqui ou seja lá, para o homem e a mulher.


Publicado no Facebook em 22/08/2019
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 09/04/2020
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