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Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
Textos
"SABEDORIA: É PRECISO UM ARQUÉTIPO QUE NÃO MONTE INCITATUS"

"SABEDORIA: É PRECISO UM ARQUÉTIPO QUE NÃO MONTE INCITATUS"

Quanto a história nos brindou com seus arquétipos, nos deparamos com os livros ou os discursos, cujos emblemas são as compilações de leis e estudos, sejam de gregos ou romanos, que os discursos de outrora nos legaram como prova de que os sábios preferiam os parlatórios do que uma cavalaria e seus equinos, que relincham excitados, pelas éguas que se põem em seus caminhos.

E foram muitas as promessas dos que sempre governaram, sem os olhos estarem voltados para a imortalidade das ações que se pratica, quando são ovacionadas pelo multidão carente, seja de amor ou de sustento, mas sobretudo de líderes estadistas, que se queiram eternizados por propósitos altruístas, pois até mesmo o absolutismo, despojado de humanismo, não se sustenta na memória altaneira, pois o povo esquece facilmente de figuras patéticas, como as que a história tripudia, nas grotescas almas de Nero ou Calígula, de Leopoldo II ou Hitler, dentre tantos outros bárbaros, no sentido mais funesto da palavra, que não seja um deboche aos povos que estiveram fora dos antigos domínios romanos.

E ainda hoje percebemos que estamos sujeitos aos que se arvoram de serem líderes, ou arquétipos de tais, mas que estão bem longe de figuras como um Gaius Julius Cæsar que, embora tenha sido até um tirano, pela fala de um orador Cícero, foi quem deu nova roupagem a uma república etrusca e sabina decadente, quando decidiu atravessar o Rubicão, sob o comando de legiões, lançado à sorte e dando a Roma o legado do Direito, das termas, anfiteatros, templos e aquedutos, além de uma infraestrutura administrativa, jurídica e militar, que deu sobrevida e pujança ao que seria um dos maiores impérios da história.

E eis que hoje, vendo o debate mundial, de um mundo que já conviveu com seus quase Ragnaroks ou Apocalipses, num sem número de vezes, açodados pela ganância de poder que não se perpetua, pois a vida continua no contexto de sociedade, pois como organismos, nessa vida que é efêmera (visto que temos prazo de chegada e saída), eu percebo quê o que vale realmente são os bons atos que deixamos na história, em memórias replicadas por registros escritos e orais, que nos tornam heróis ou vilões desse humano existir, onde devemos ter certeza de que passaremos não montados em cavalos à la "incitatus", bem distantes do solo que clama por nossas pegadas, mas sentados entres todos nossos pares num colóquio proveitoso, ou disseminando o saber que nos foi transmitido ou aprendido, construído ou imaginado, por buscar a sapiência e o sabor das maçãs, que o idílico Éden nos presenteia.

Esse é o desafio que nos foi lançado por todos aqueles que nasceram sob a guarda das estrelas, que se fizeram tão mensageiras, como cometas a brilhar, seja nos exemplos de Buda ou Jesus Cristo, que pregaram sempre a paz, despojada de ambições, as quais não fossem o resguardo de um caráter necessário pra validar os nossos tickets de viagem, quando embarcarmos na espaçonave espiritual, que nos levará ao âmago da vida eterna, que lateja nos mistérios do Cosmo infinito, onde nos aguarda o Criador de tudo, num "juízo final".


Publicado no Facebook em 13/08/2019
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 09/04/2020
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