"ME SINTO DILACERADO, QUANDO PERCEBO AS FOLHAS MORTAS DE MINHA NATUREZA HUMANA"
"ME SINTO DILACERADO, QUANDO PERCEBO AS FOLHAS MORTAS DE MINHA NATUREZA HUMANA"
Com a cabeça meio baixa,
Lacrimando sobre a relva,
Eu percebo que minhas folhas,
Já estão mortas por pelejas,
Que enfrentei bem triste no ontem,
Por batalhas que nem quis.
Em mais um dia infeliz,
Fui andar pelas clareiras,
Que me levam sorrateiras,
Evitando os conflitos tolos,
Sem subir por trepadeiras,
Prus dentes além do mal.
E não era só um canibal,
Que pelo menos eu imagino,
Pois viria de um Cretáceo,
De Tiranos ou de um Raptor,
Ressurgindo tão feroz, num carnívoro animal.
Estavam ali em minha frente,
Com meus olhos embaçados,
Pelo sangue derramado,
Em feridas lancinantes,
Que as garras do destino me fizeram mais mortal.
Se fosse meu sonho a realidade,
Que saudades eu não teria,
Enfrentando a procela contra feras de instintos,
Pois bem sei que o labirinto com um minotauro algoz,
É pior que cães famintos, me espreitando nos lençóis.
E eu percebo as folhas mortas,
De minha natureza humana,
Em que me sinto dilacerado,
Como numa inquisição,
Num patíbulo ou guilhotina,
Com a cabeça rumo ao chão.
E questiono os nutrientes,
Que me chegam das raízes,
Penetradas lá no solo de um monte em serpentina,
Me aquecendo em quentes lavas,
Contra o frio que me leva,
Numa noite ou pelo mar,
Ao destino como sina, lá no barco de Caronte.
Publicada no Facebook em 28/07/2019
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 09/04/2020