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Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
Textos
SER O SELO DE UMA CARTA, PORQUE OUVE E VÊ ALÉM

SER O SELO DE UMA CARTA, PORQUE OUVE E VÊ ALÉM

Vendo o Hubble pelo espaço sideral, olho uma imagem que me faz imaginar um galo ao alvorecer do meu planeta, sendo o anunciador da boa nova, pois acorda os que dormem, na assertiva de que vivem, pois estão a escutar.

E eu me lembro que o Universo pode ter mil dimensões, pois preciso acreditar, que depois em algum lugar, vendo ou ouvindo, devo calar, para tudo merecer.

E eu ando pela história, pelos signos e mitos, vendo os ritos que vivemos, de acordo com os povos.

São estórias que me contam, ou seriam verdades nuas, reveladas pelas ruas que levavam todas cartas.

Mas eu sei que em uma carta, deverei ser seu selo de remessa e o seu lacre, o qual enseja o que se deve conhecer ou se guardar.

Ou devemos só levar o que muitos recomendam, por caminhos que revelam quando vai amanhecer, fazendo o anúncio necessário, mesmo que em um canto hilário, como um "trickster god" ou um raio, sendo um mensageiro como Hermes, Heimdallr, Exú ou o Arcanjo Gabriel, que em palavras, sonhos ou no papel, faz a todos conhecer, a vontade do infinito - seja de guerra ou de paz - que colheremos de acordo com o modo que vivemos, desde muito tempo atrás?

Para quem ouve e vê além do que se pode enxergar, só deve falar o que for bem necessário, pois palavras proclamadas nunca retornam tão amigas e facilmente, pois a mente nem sempre reverbera em ecos, mas podem vir como soma ou em atos de repulsa, que às vezes nos expulsam de onde nós queremos estar.

E as palavras, quando não são benditas, vão dilacerando nossos sonhos, em desastres tão medonhos, que bem mais que o querer, todos os que se submetem aos caminhos desenhados nos deltas do destino, devem se preparar em suas rotinas de vida de acordo com os acordes musicais que desejam para suas óperas e sinfonias, num toque de tambores extasiáticos em que vamos festejar, sem empunhar espadas ou chicotes, mas tocando os celos e violinos com as varas ou o cipó, que o caboclo já guardou, bem selado no alforje, que carrega pelos sendas e sertões de nossas almas.


Publicado no Facebook em 28/07/2019
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 09/04/2020
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