ENTRE GELEIAS E RAPOSAS, A CHAPADA É DO CHÁ!
ENTRE GELEIAS E RAPOSAS, A CHAPADA É DO CHÁ!
Foi andando nas trilhas por toda a Chapada,
Nos cânions e aguadas,
Floridas ou amadas,
No calor de um janeiro.
Que eu vi o despertar de amores,
Com frutas e divinos sabores,
Preparando sublimes geleias,
Pro recheio nos pães degustar.
E as raposas vêem mais do que uvas,
Pois as viúvas trazem logo fervendo,
Um chá de amoras ou pitangas vermelhas,
Que se sente um perfume que fica no ar.
E os morangos brotando,
Entre blends ou licores,
Faz a festa agridoce de todos amores,
Caminhando entre velhos cafezais.
Tabuleiros e esguichos girando inquietos,
Vão irrigando as farturas nas leiras,
Que as frutas de vez ou maduras,
Na mesa bem posta é o chique que há.
E não podemos ali negar,
Que plantando, tudo logo nasce,
E não há quem lhe disfarce,
O mistério gostoso que paira no ar.
Mas é no frio das alturas acima do mar,
Que a chapada baiana encanta e exige,
Muito chá com torrada e lareira,
Sorvendo geleias sob a sombra primeira,
Lá vou eu, meus irmãos, ter prazer de cear!
Publicada no Facebook em 24/07/2019
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 09/04/2020