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Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
Textos
OS GRÃOS DO PÃO DA VIDA - ENTRE OUTROS GRÃOS E AMÊNDOAS DE SABOR

OS GRÃOS DO PÃO DA VIDA - ENTRE OUTROS GRÃOS E AMÊNDOAS DE SABOR

Enquanto olhamos a breve história escrita, quando não geológica e paleontologicamente descrita, vamos nos ver impregnados da seiva Mater, em África gestada, que percorreu as veias do sangue aquoso, dos rios caudalosos, tão Nilo e tão Congo, fitando as savanas, estepes, montanhas e desertos medonhos, de tantos mil sonhos que acendiam as candeias e as mágicas lâmpadas, de Aladins tão geniais.

E percebemos que o trigo, tão caro aos povos, como já fôra o sal, brotava faceiro às margens do delta de um rio poético, que tanto encantou as civilizações de outrora, as quais encerram mistérios e ensinos etéreos, que gestaram até os jardins que vimos surgir sobre os topos dos castelos, como aqueles que Nabucodonosor e Hamurábi nos presentearam, por existir uma Babilônia.

E foi do norte da África, o qual nos conecta e de onde os pães vieram, que lá bem perto um grão brotou. E era tão etíope e africano, que poderia ser também americano ou realmente brasileiro, sendo um néctar que acorda, energiza e é transportado pelo cheiro e essência, embalando nossos momentos de diálogo, como se fosse um chá inglês ou cantonês, tomado aos pés da cordilheira do Himalaia, celebrando o budismo e as meditações lá no teto do Tibete.

E a natureza bela, nada encerra num abismo, pois até o paraíso bem ali pode estar, logo após o que pensamos como o nada que resiste em nossas insônias, que se mostram tão medonhas, que evito de pensar.

Mas esses grãos dos trigais, tão companheiros das manhãs, em que nos dá a energia necessária pra lutar, hoje são uma marca bem itálica, vindo do pão até a suculenta macarronada, que um Marco Polo foi roubar.

E a 'dona massa', que as "cucinas e trattorias" da bota mediterrânea fazem as mesas postas decantar, nos dá o carboidrato e a alegria de provarmos um manjar, que nos alimenta e dá a justa alegria de poder saborear, o que regamos não só com vinhos, mas também com um bom café pra saciar, vindo também provar o fruto dos deuses, de um cacau do além mar, que fez do chocolate um novelo de sabores, que a todos traz as calorias e os flavonoides, para o inverno enfrentar.

Mas ao olhar pro relevo que temos lá no fundo daquele mar, nos damos conta que tudo ainda está unido pelos mistérios do Atlântico, pra o bom da vida vicejar, pois o café e o cacau não têm igual para o deguste, logo depois de eu terminar, o que eu faço como um rito, em que estivesse a celebrar as santas ceias com toda prole, num ambiente casto e fraterno, que é junto à família em nosso lar.

E é só assim, vindo de um forno quente e uma chaleira num fogão de brasas bem ardentes, que celebro o pão da vida, numa boa fornada, que antes de mais nada, me traz a vontade de beber um chocolate bem gostoso, que os meus sonhos e papilas vão carinhosamente acalentar, tendo no final um grão de arábica, com o seu 'blend' sedutor e tão marcante, que nos trás a África unida a um Brasil, o que me alegra e rega com sabor até a alma, pois chego mesmo a chorar.


Publicado no Facebook em 29/06/2019
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 08/04/2020
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