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Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
Textos
°"O BRASIL E SUA GRANDE CONTRADIÇÃO: QUERER NAVEGAR, MAS PEGANDO UMA EMBARCAÇÃO INADEQUADA PARA O DESTINO QUE AMBICIONA"°
°"O BRASIL E SUA GRANDE CONTRADIÇÃO: QUERER NAVEGAR, MAS PEGANDO UMA EMBARCAÇÃO INADEQUADA PARA O DESTINO QUE AMBICIONA"°

Já se foi uma pendenga,
Onde todos nos confrontamos,
Uns de um lado, outros do outro,
E só faltou somente um pouco,
Mais debate e sem afoitos,
Para acertarmos os tapumes,
Sobre a fenda submarina a nos olhar.

Descobrimos o que não sabíamos,
Que nos arvorarmos de sermos donos da verdade,
Sem sabermos que ela é uma fraude,
Pois que ela é só a minha,
Sem verdade coletiva, pois que arde como urtiga,
Pois chateia muita gente.

Nascemos de um bolo recheado,
Mescla de todo povo do mundo,
Já que aqui não éramos mais somente aborígenes,
Pois que por aqui já furtavam gente de todas as origens,
Pois lugar que não tem dono,
Tudo fica em abandono,
Leva mais quem chega na frente.

E a neurose toma conta,
Onde os conflitos se amontam,
Pois criamos guerra e formamos inimigos,
Pela falta de cultura que nos desse a devida candura,
Pra dizer o que se deve e o que pensa,
Pra que não seja tão tarde,
Vindo a amarga recompensa.

E é por isso que numa guerra,
Que enfrentamos todo dia,
Pois num País tardio e bem rebelde,
Nada cheira, mas tudo fede,
Pois não temos em quem nos espelhar,
Pois viemos do nada, a semear novos modos de convivência,
Em embarcações inadequadas à necessária querência,
E ao destino almejado.

E essa guerra de trincheiras e não de mísseis,
Sem cogumelos alucinógenos ou atômicos,
Mas discursos e intrigas de malditos irônicos,
Não soubemos escolher os nossos líderes,
Pois nem sabíamos quem estava ao nosso lado nas trincheiras,
Pois relevamos e relegamos o que importa,
Muito mais que a própria guerra eleitoral que enfrentamos,
E agora padecemos na miséria e tortura rememorada.

Pois ninguém quer trabalhar até morrer,
Mas quer um dia merecer celebrar o tempo ido,
Poder chegar ao fim da vida,
Com uma boa acolhida, com um mínimo conforto,
Andar seguro e amparado,
Pois aí deixa o seu legado,
Como exemplo profícuo de um morto.

E falo morto, mas de saudades,
Pois já fomos de verdade,
Mais honestos do que tortos.
Construímos um País pra ser nosso e não ser deles,
Os vorazes compradores lá de fora,
Que nos pegam moribundos,
Dependentes de coragem e amor à liberdade,
Que com sangue conquistamos.

Não se pensava em entreguismo,
Nem esquerda ou direita, mas apenas realismo,
Pois aqui tudo nós temos, somos ricos e não devemos,
Mas precisamos melhor dividir,
Mais pra muitos do que pra poucos,
Pois assim seremos outro povo, respeitado pelo mundo.

Aqui não vejo vagabundos,
Mas um sofrido povo, na mão de uns imundos,
Não de corpo, mas de alma,
Quem nos sugam o sangue com a calma,
De quem drena o mar profundo,
Levando até nosso pré-sal,
Seja Alcântara e coisa e tal,
Sem pensar no amanhã.

Só vemos os que beneficiam os poderosos,
Ou os loucos dogmatizados,
Todos já bem robotizados,
E enganados, profanando a Palavra,
Pois a Deus o que agrada,
Não é dinheiro e sim o Amor.

Pois assim até a dor,
Suportaremos com galhardia,
Na certeza que um dia,
Nós teremos um Guia de valor,
Com inteligência e hombridade,
Pra dizer só a verdade, sem escárnio ou ganância,
Nos sendo a boa liderança,
Que o mundo tanto clama e almeja,
Como um bolo quer a cereja,
Para adornar a festa e o dia.

Mas continuamos a máxima,
De que devemos saber com quem andamos,
Pois às vezes mais importa do que a tarefa,
Senão um faz certo e o outro desconcerta,
Roubando nossa fé e esperança,
Nossa paz e a nossa perseverança,
Para fazer daqui o Éden,
Que Deus de bom alvitre nos presenteou.


Publicada no Facebook em 19/04/2019
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 07/04/2020
Alterado em 07/04/2020
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