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Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
Textos
°"O QUERER NÃO É ABSOLUTO, COMO O SILÊNCIO TAMBÉM PODE NÃO SER"°

°"O QUERER NÃO É ABSOLUTO, COMO O SILÊNCIO TAMBÉM PODE NÃO SER"°

A complexidade do ser é de tamanha abstração, que nunca podemos afirmar o saber, mas apenas o imaginar que seja, já que aos que se julgam normais é impossível vislumbrar o que não é afeto aos cinco sentidos sensoriais, que tanto declamamos como signo e expectativa do real.

Mas, que real é esse, que não é estático nem plausível, mas apenas virtual? Onde um dia em que vivo, morre um dia em que vivi, sem saber se realmente estou vivo pra morrer mais uma vez, já que quero ser a sina de sequências repetir, sem saber se o permitir cabe a mim mesmo, afinal!

Entro num canal, onde penso que há vento, mas o que sinto é um silêncio abismal. E vejo a realidade confrontada com a eternidade, pelo que evolui a vida como a rocha, sentindo-se esvair com as chicotadas dadas pelos ventos, que fragmentam o que tento ver seguro e sagrado, sem saber que tudo é dado para o tempo desfrutar.

E é por tanto ver o tempo, que o meu querer é complicado e não é absoluto, entre dias e noites adentro, em que me vejo como um rebento, sem ter tempo de aprender, pois o meu horizonte só se mostra em minhas íris, num contraste com os que não contemplam o que vejo de algo mais, a passar como um raio, num lampejo tão sagaz.

E vou plantando meus pensamentos, num silêncio que não saberão interpretar, pois vagueio pelos campos, lixando as escarpas e paredões, que o tempo vai deixando para ecoar os meus lamentos, por não saber qual é o tempo dado para o meu coração amar, pois pulsar já não me basta, pois só faz os rios de sangue correrem num labirinto que volta sempre para os mesmos átrios bombear.

É por isso que podemos criar frases com palavras diferentes, mas com letras que nos levam ao mesmo sentido, fazendo rimas lado a lado, mas sem um esteio, uma foz ou um final de desfiladeiro, onde nosso próprio eu vá destemido se encontrar, longe das verdades absolutas, pois elas estão a vaguear, num mistério que nos faz lacrimejar de alegria, quando beijamos quem está em nossa companhia, pois que esta encontrou, no caminhar bem lado a lado, a aorta tão faceira e escondida que nos leva os sentimentos mais singelos e puros ao coração, que já não bate em silêncio, pois aí já escapamos de todo vácuo sideral.

Pois só assim estaremos preparados para sermos o que a retina descortina como paisagem, na nossa caminhada de vida, com o direito de escolhermos a nossa flor preferida para adorno do nosso jardim que tanto almejamos e plantamos no final.


Publicado no Facebook em 06/04/2019
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 06/04/2020
Alterado em 06/04/2020
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