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Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
Textos
°"A VIDA SÃO MOMENTOS QUE EXIGEM ACEITAR O FIM DE ETAPAS OU A ETAPA FINAL"°

°"A VIDA SÃO MOMENTOS QUE EXIGEM ACEITAR O FIM DE ETAPAS OU A ETAPA FINAL"°

Encontrar o caminho certo a seguir é uma incógnita que aflige a todos nós, viventes desse mundo tão complexo e volátil, do que pode acontecer no amanhã, se esse mesmo amanhã ainda existir.

Passamos a vida a ver e viver dias ensolarados, nublados ou chuvosos, mas buscando caminhar sendo obrigados a vislumbrar sempre a necessidade premente ou surpreendente de cada ocasião, de termos que carregar capas, sombreiros, chapéus ou guarda-chuvas, para nos proteger de tudo que vem do alto ou que vem soprado pelos ventos elísios ou em vendavais, pisando com o cuidado necessário nos degraus que vão surgindo diante de nossas retinas, que teimam em lacrimejar diante dos ciscos que nos agoniam as glândulas do nosso telescópio multifocal.

Mas há momentos em que precisamos parar, deixar de dar passos ou ficar a dar voltas em labirintos, sejam de Creta ou dos canais de águas pantanosas ou alagadiças de inundações que se insurgem contra as criações humanas, que selam os solos da natureza, que já não filtram não só as águas pluviais, mas os nossos erros, desacertos e pecados capitais. São instantes em que basta o silêncio e um facho de luz e de foco, para fazer com que enxerguemos a nós mesmos, imaginando o que pode ser ou acontecer além dos abismos com que nos defrontamos.

A vida pode ser volátil, efêmera, sutil, ou cheia de surpresas que nem sempre se moldam ao nosso querer, o qual é moldado no barro da vida de outras vidas, sejam nossas ou antigas, que planejaram nossas combinações cromossomiais, neurais e de aura, em nossos espíritos, tão cheios de pudores para com a matéria prima de onde viemos, pois não podemos ainda enxergar o oculto que se esconde no lado obscuro das estrelas, planetas e satélites, de onde são imensuráveis as influências que podem ter em tudo o que existe e se combina para aqui estarmos por um lapso temporal que não sabemos qual a razão para existir, senão pelos atos que praticamos cotidianamente, de modo consciente ou não, mas impregnado pela fórmula misturada das ervas no chá ou no pastoso creme que iremos usar para curar nossas feridas ou aliviar o fervor das queimaduras que até o frio pode trazer.

Nós, seres um pouco mais evoluídos do que muitos que também aqui habitam, se é que não estamos sendo presunçosos demais, precisamos aceitar que toda etapa tem um inicio, meio e fim. Nem que cada etapa dessa, seja parte de outras etapas ou eras de trevas ou de luz em nossas histórias, sendo reais ou meras estórias que usamos para ninar ou acalentar nossas crias, enquanto estão embriagadas pela inocência de suas atuações no palco da vida.

Almejamos a eternidade, mas ela existe sem que nós sejamos necessários a ela, como também almejamos a imortalidade, que pode ser pesarosa, pois destoa da caminhada dos demais, fazendo com que sejamos apenas como diamantes, que brilham apenas, podem até ser usados em brocas de perfuração ou em outros tipos de instrumento, mas não caminham juntos com os demais minerais em suas transformações, deformações ou reorganizações para o criar e recriar do Universo, em suas expansões e contrações, como o fazem os astros e as galáxias.

É por isso que a Eternidade ou a Imortalidade podem representar a falta de razão para viver, pois sempre fomos embalados não só pelo vento ou pela energia cinética, mas pelo desejo de avançar realizando desejos, construindo ideais, germinando idéias e plantas arquitetônicas de lugares e espaços para decantar e louvar o viver.

Então, pode chegar um momento em que tudo isso perde a razão, onde já não haja mais vontades e não queiramos apenas o final de uma etapa para que outra seja iniciada, mas estejamos prontos para um embate final com nossos conflitos mais profundos da alma, em que o fim, por si só, seja necessário e venha a acontecer para nós como indivíduos, pois seria cruel de nossa parte querer inferir nas vontades alheias, se nos julgamos seres da mais alta estirpe, na criação divina, como são os Serafins em relação aos Querubins.

E esse seria o reencontro com o início, sem sabermos quando ele se deu, mas que seria o presente maior que Deus nos dá, que é encontrar o pilar fundamental que segura toda a construção do que entendemos como nossas vidas, ora conclusas e que vai nos proporcionar sentir o perfume mais sublime das essências que exalam das árvores e ervas, embalados pela orquestra das cornetas celestes, nos deixando a bailar no salão mais perfeito para a valsa mais prodigiosa que possamos imaginar.


Publicado no Facebook em 01/04/2019
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 06/04/2020
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