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Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
Textos
SAIR DE CENA, COM DIGNIDADE E COM O VERDADEIRO BEM, É TER CARÁTER!

SAIR DE CENA, COM DIGNIDADE E COM O VERDADEIRO BEM, É TER CARÁTER!

Os socráticos pensares, não incluem os verdadeiros bens como tangíveis aos mercadores das almas. Muito menos, imputam somente ao plano espiritual o negociar dos verdadeiros bens, mas declama solenemente que devemos viver, na vida carnal, o desapego ao que daqui não levaremos.

Devemos sim, estribar o nosso caminhar com os olhos enxergando o que está muito além do alcance e percepção da iris ocular.

Assim é o caráter, o amor, a moral e a ética, que não podem ser mensuráveis ou avaliados monetariamente. Só cabendo um lampejo de entendimento e aceitação aos que lidam ou se deparam com suas demonstrações concretas.

Por isso já diziam os antigos de longeva e inquietante experiência de vida, que os bons apenas sofrem, mesmo que na pseudo e fugaz felicidade.

Gozar as benesses do mundo é muito mais fácil e útil aos que não fazem como a formiga, num contraponto à fábula da cigarra, pois que não olham através das luzes das estrelas, que estão sempre sob atmosferas repletas de nuvens e distrações, mas também não permitem serem precisos e objetivos como um cirurgião cardio-encefálico ou um enxadrista kasparoviano, ao não projetarem fielmente o porvir.

Então, fica aos discípulos de Sócrates, mesmo que passados milhares de rotações e translações terrestres em torno do Sol, a responsabilidade moral e ética, da despedida sob o sempre questionar da vida e como ela nos é dada em opções para escolha.

E por tudo isso, Sócrates enfrentou com serenidade e destemor, a perfídia da cicuta, com o semblante sereno do dever cumprido, como verdadeiro cidadão de um mundo almejado, mas não concretizado no nosso agir, sentir e amar com desapego ao que não nos pertence, pois que está tudo emprestado. Levando consigo o que ninguém nos tira, que está na profundeza das memórias e das nossas consciências, deixando a todos a dúvida profunda da real felicidade, que é embasada no caráter que cada um cultiva, mas que também passará pelo crivo divino.


Publicado no Facebook em 09/03/2019
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 06/04/2020
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