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Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
Textos
"A EXUBERÂNCIA ASTRAL DO QUÊ HÁ ALÉM DE NÓS"

"A EXUBERÂNCIA ASTRAL DO QUÊ HÁ ALÉM DE NÓS"

Estamos num borda celeste bem singela, de um espiral maravilhoso, que os romanos denominaram de Via Láctea, como se um caminho fosse, recheado de luz e o brilho leitoso das estrelas.

Somos exceção para a maioria das estrelas, pois alcançamos maturidade ideal e com combinações de minerais que nos propiciaram nos tempos remotos, formar esse sistema planetário, onde cada um representa seu papel, dando o equilíbrio necessário para que a vida brotasse num cantinho rechonchudo chamado de mãe Gaia, a Terra em que habitamos. Nosso resort ou spa, onde estagiários para o que nos aguarda pelas outras dimensões de tempo e espaço.

Sempre achamos, até pouco tempo, que os limites do mundo que nos cerca, estariam limitados ao alcance da vista ou do nosso tacanho desbravar.

Mas, graças à coragem anti dogmática contra os que não abrem mão do conservadorismo temente, por medo de aventurar-se, de se jogar ao vento, como as gaivotas ou os alcatrazes, nas figuras de Copérnico, Galileu Galilei, Leonardo da Vinci e tantos outros heróis, pudemos reagir à letargia das trevas medievais e buscar entender um pouco mais sobre o nosso lar passageiro.

Nos acostumamos a ver vulcões ativos e inativos sobre o nosso manto terrestre, pensando ser atributo quase exclusivo, quando nos surpreendemos com uma lua de Zeus, onde está o maior número de crateras ativas do nosso sistema solar, num coletivo de mais 78 luas extraordinárias de um planeta gigante e fabuloso.

Nesse vagar espantoso, onde tudo se interliga sem fios, mas com suas razões de equilíbrio e fome de astros, planetas, satélites, cometas e poeiras cósmicas a se remodelarem, estamos a ver o quão especial é o nosso cantinho, de vida e morte, de sorte ou azar, mas que nos leva a casar nossos sonhos, desejos e utopias.

Sabemos que um dia, iremos migrar, mas o nosso tempo é contado num contexto finito, quando de infinito é que somos ungidos, pela força celeste que geram os sóis.

Até lá, onde estaremos eu não sei, pois a lei que nos rege, nem mesmo nos protege do que se gera na Terra, pois a nossa mãe Gaia é quem sabe sovar o trigo do pão com que vamos cear. Se será com bom vinho, ou com um azedo macerado, com os solados cheios de espinhos que nos furaram nas guerras, que nossas leis de conveniências, não nos dão nem clemência para os nossos atos quase sempre falhos, sejam pelos que praticam ou pelos que se arvoram de serem algozes, juízes sob o olhar do verdadeiro juiz, que entendemos por Deus!

E assim, vamos olhando as estrelas exuberantes, sob nuvens e ventos, vendo o tempo em lamentos, por nos sentirmos tão sós, pois o tempo gira nossos pensamentos e sonhos, cobertos pelas palhas da costa, que escondem os mistérios que só o próprio tempo vê.


Publicado no Facebook em 22/02/2019
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 06/04/2020
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