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Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
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FOI-SE O LOUVA-A-DEUS, SOB A LOUCURA DOS JULGAMENTOS TERRENOS E FUGAZES
FOI-SE O LOUVA-A-DEUS, SOB A LOUCURA DOS JULGAMENTOS TERRENOS E FUGAZES

Os pássaros precisam de alimentos e é vero que não o buscam somente pra si. Embora, de tal desenlace do rito da subsistência, sempre a corda quebra do lado mais fraco.

Por sua vez, os seres humanos cada vez mais contrastam gerações ou ciclos de opiniões sociais, que descambam para momentos em que o que é belo e puro de uma época, pode deixar de ser virtude para tornar-se o pior dos pecados, os quais nos impõem sermos coerentes com o que seja senso comum, pois a neutralidade ou o posicionamento ardiloso pode nos comprar ingressos para viagens ao reino de Hades, sem consolo ou paz de espírito, pela injustiça praticada.

Nos tempos contemporâneos, já não há semelhança entre Chicos e Franciscos, já que as surras e os açoites nos chegam virtualmente, nos atingindo não mais a casca, lisa ou rugosa, de jovens ou velhos, mas a maciez elétrica do que nos propícia o tirocínio e o imaginário, nos tornando loucos nas nossas supostas sanidades, deixando saudades dos tempos idos, em que pau era pau e pedra era pedra, pois sobre ela até uma igreja edificávamos, nos dando solidez no que esperar do futuro.

Hoje, estamos como anjos que sopram trombetas sem som, mas com nuvens ou gazes, que nos tornam incapazes de ouvir as harpas celestes ou o eco do que Deus inebria a todo momento em nosso sonhar.

E assim, louvaremos a Deus, nem que seja alimentando as vidas que continuam, no sacrifício nefasto ou necessário de outras, imoladas a contragosto ou sem mera razão, pois aos homens foi dado o raciocínio de ver lógica em tudo que faz, diferente dos simples extintos animais, que sucumbem apenas às leis naturais, cabendo-nos a capacidade e o dever de discernir, antes de macular a vida, a memória ou a honra de outrem, apenas pela vaidade de poderes humanos e temporais, que não serão eternizados celestialmente, senão pelos exemplos e ensinamentos de vida, que serão nosso passaporte para o gozo da imortalidade da memória aqui posta, e na eternidade etérea das dimensões divinas do nosso Criador, Arquiteto e gerente das estrelas e do Cosmo sem fim.

Por isso, louvo a Deus, mas admiro a beleza gentil dos animais em geral, pois se mostram reais e leais, enquanto nós representamos papéis que nem sempre nos representam verdadeiramente, dissimulados que somos no nosso querer.


Publicado no Facebook em 27/01/2019
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 06/04/2020
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